Filme: Assalto ao Banco Central (2011)

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Produção brasileira, narra os eventos de agosto de 2005, onde um grupo estimado em 36  pessoas cavaram um túnel de mais de 80 metros e levaram a quantia de R$ 164 milhões do Banco central em Fortaleza.

Dirigido por Marcos Paulo, conta com a atuação de Eriberto Leão, Lima Duarte, Giulia Gam, Juliano Cazarré, entre outros.

Logo depois de ter lido o livro Toupeira: a história do assalto ao Banco Central, assisti o filme. O que posso dizer é que, se não tivesse lido nada a respeito do assunto antes, talvez, eu gostasse do filme. No entanto, como não foi essa a ordem dos eventos, o filme não me convenceu, nem um pouco.

Por muitas situações a história passa batida, por outra, fazem questão de afirmar o que não ocorreu (o envolvimento do PCC, por exemplo, comprovado pelas investigações). A única menção a policiais corruptos é feita por meio de dois agentes isolados, não mostraram os inúmeros sequestros de bandidos e familiares, mortes e extorsão.

Para mim, fica, então, a impressão que é mais um filme feito “pra inglês ver”, onde os crimes não tem envolvimento do crime organizado, a polícia não é corrupta, as mortes de alguns foram ordenadas pelo próprio bando e não realizadas por policiais…

Quase não mencionam o envolvimento de São Paulo no roubo e outros eventos mais que não poderiam serem explicados sem a omissão de algumas informações.

Novamente, como disse no post do livro, tendo muito mais a acreditar na versão que nos foi apresentada por Roger Franchini do que na produção cinematográfica, isso porque, sendo paulista, há sempre aquela sensação do envolvimento do crime organizado…

2,5

Para Ler #30: Toupeira: A História do Assalto ao Banco Central

assalto ao banco centralEm agosto de 2005, um grupo audacioso pôs em prática um elaborado plano para furtar o Banco Central, em Fortaleza: cavar um túnel de mais de 80 metros, ligando uma casa vizinha ao cofre do Banco. O assalto ocorreu na sexta-feira (06/08) e só foi descoberto no início do expediente de segunda, dando a dianteira de 44 horas para os ladrões fugirem com o dinheiro. O valor? Cerca de R$170 milhões de reais. Esse é considerado o maior assalto à Banco do país e o segundo maior do mundo.

A Jú já havia mostrado aqui no blog que, em São Paulo, é possível “Pagar o quanto acha que vale” em livros espalhados pela linha do metrô. Pois bem, nesse, pagamos R$5, sendo edição normal, folha off-white, da Ed. Planeta.  E olha que ainda veio um marcador de livro combinando, de graça 😀

Devo começar dizendo que, para quem assistiu somente ao filme, esse livro pode ser uma grande surpresa. Com tramas bem diferentes, beeem diferentes mesmo, essa publicação relaciona o assalto ao PCC (coisa que o filme fez questão de dizer que não existia), mostra um lado negro e sujo da polícia civil, e, até mesmo, chega a relacionar o roubo ocorrido em Fortaleza aos ataques do PCC em São Paulo (2006).

O grande diferencial desse livro é que não se constitui em uma artigo ou análise do assalto. É um romance! Ou seja, o autor constrói seus personagens, narra os seus pensamentos e sentimentos e o que aconteceu com cada um. No final, o Assalto ao BC acaba sendo somente a introdução para nos fazer entrar em contato com tais pessoas.

A narrativa de como ocorreram o roubo e a fuga também foi mais detalhada aqui do que no filme, nos mostrando todo o planejamento, como os ladrões despistaram a polícia deixando um rastro falso e, principalmente, o quanto que tiveram que pagar aos servidores para não acabarem em uma vala.

O autor, Roger Franchini, já foi investigador da polícia civil de São Paulo e baseou o seu relato nos autos judiciais.Após pesquisar um pouco (bem pouco), achei várias versões que batem com o que está escrito, inclusive os ataques de 2006. A única divergência é, que agora em 2013, capturaram um dos integrantes da quadrilha que acreditava-se estar morto.

Sinceramente, estou mais inclinada a acreditar nessa versão da história, apresentada-nos pelo livro, que na mostrada nos cinemas. Talvez por essa história mostrar um lado mais crível a um paulista, que querendo ou não, convive diariamente com o comando do crime organizado, e a disputa de poder com a polícia.

De qualquer forma, deixarei alguns links abaixo do que encontrei, relatos e noticias.

Tribuna do Ceará / Os envolvidos Captura de Foragido / Ataques de 2006 / Ataques de 2006

4

Viciadas em Séries #9: Criminal Minds

criminal minds

Uma equipe de elite de profilers trabalha para a BAU, a Agência de Análise Comportamental do FBI. Juntos, eles analisam o perfil e caçam os piores monstros dos EUA, enfrentando ao longo do caminho desafios e problemas pessoais.

Criminal Minds é uma das minhas séries preferidas. Imaginem: mistura drama policial, FBI e psicopatas. Sim, psicopatas! Como se eu não me interessasse pelo assunto. (Lembram-se das resenhas de Dexter e Hannibal?)

As histórias apresentadas são muito boas, principalmente as análises, e a cada episódio um novo caso é desvendado. Depois de assistir alguns episódios dessa série, você começa a acreditar que monstros realmente existem e eles estão entre nós, disfarçados de humanos.

Todo episódio inicia e termina com uma citação, que se relaciona com o caso a ser narrado. Já usaram C. S. Lewis, Oscar Wilde, Edgar Allan Poe, Dalai Lama, etc. Da hora, não?

A série já possui 8 temporadas e a 9ª começou a ser produzida. Ao longo dos anos, seu elenco se modificou algumas vezes. Devo dizer que fiquei muito triste com a saída de Emily e que a Dra. Blake, que entrou em seu lugar na 8ª temporada, não me convenceu nem um pouco. No entanto, fico feliz que meus personagens favoritos, o Dr. Reid  e o Agente Morgan, ainda continuam lá.

Para quem se interessa por histórias de psicopatas e serial-killers, assim como eu, não há seriado melhor.

4,5

Viciadas em Séries #8: The Closer

the closer

Brenda Leigh Johnson é a nova Delegada Chefe de Polícia de Los Angeles, e acaba de se mudar de Atlanta. Brenda fica encarregada de comandar a Divisão de Homicídios Prioritários da L.A.P.D. Em sua jornada, além de resolver crimes graves, por ser “de fora”, terá de conquistar o respeito de seu esquadrão. Brenda não se satisfaz com acordos, e busca sempre justiça às suas vítimas, conseguindo uma confissão dos acusados, sua especialidade.

Esse Viciada em Séries, por si só, já é um pouco diferente. Isso porque, The Closer, que chegou ao Brasil sob o título de Divisão Criminal, já acabou. No entanto, é uma série tão boa, minha favorita, que até hoje continuo assistindo, literalmente, e precisava dividir isso aqui com vocês.

Creio que o grande diferencial dessa série, para mim, está em três fatores. Primeiramente, a Brenda, que com seu jeito impetuoso sempre busca justiça a qualquer preço; segundo, a construção das personagens, todos são muito bem construídos e passam a ser fundamentais na história; e terceiro, a narração. A narração desse seriado é algo que, novamente, na minha opinião, é um pouco incomum em séries policiais.  Isso porque, raramente, a própria “Delegada” fica sabendo mais pistas que o telespectador. A maneira como se dá o desfecho dos episódios é realmente impressionante. Muitas vezes, tenho a impressão de saber o mesmo tanto que os detetives.

Disse aí em cima que o primeiro diferencial é a personagem principal. Com certeza, o que Brenda faz para conseguir uma confissão é um chamariz de audiência. Além disso, ela não teme chegar até as últimas consequências. Sua construção irônica e sarcástica, junto com seu jeito de durão de comandar seu subordinados, além de ser a “filhinha dos papais” dão toda uma essência à personagem. É aquela personagem que você está resoluto que criou asas e voou sozinha; que possui seu próprio temperamento e vontades. Tal é interpretada pela ótima Kira Sedgwick, que por curiosidade, é casada com o ator Kevin Bacon.

The Closer teve sete temporadas e deu origem á uma spin-off, intitulada Major Crimes, que abordarei em uma outra oportunidade.

5