Já tinha dito neste post aqui os motivos que eu tinha para te convencer assistir Gilmore Girls. Nesse mesmo post disse que a nossa queridinha Netflix fez um “spin-off” com 4 episódios extras contando um ano na vida das Gilmore. Você que assistiu Gilmore Girls deve saber que a última temporada não foi escrita e dirigida pela criadora original da série, fazendo com que a mesma acabasse um pouco sem sentindo, desconectada da essência original.
Pois bem, hoje quero trazer minha opinião sincera sobre essa continuação.
A primeira coisa que senti foi que nada mudou. Sim, muitos anos se passaram, a tecnologia evolui em um estalo, muitas coisas mudaram, mas eu senti que nada mudou. Stars Hallow continua a mesma. A essência da cidade não mudou. Você não consegue sentir a diferença entre a série original e esse especial, tudo é muito fluido. Parece que acabou um episódio há um tempo atrás e esse novo é só uma continuação. Sim, nesse especial estamos em 2016, Rory tem 3 celulares, Luke tem Wi-fi na lanchonete, April tem 22 anos, mas no fundo nada mudou.
Os atores continuam atuando brilhantemente. A Lorelai ainda consegue falar 172 palavras por segundo. Todos ainda representam suas personagens como se não houvesse uma distância de 9 anos entre o fim de Gilmore Girls e o começo de Um ano para recordar. Percebemos como alguns atores pararam no tempo (Lorelai, Emily, Michael) e outros conseguimos ver que o tempo passou (Luke, April, Zach).
Você surpreenderá com as personagens que aparecem e não sentirá falta de nenhum. Se não está atuando, alguém que eu lembrei foi citado no decorrer dos episódios. Ninguém foi esquecido ou deixado de lado. Tem gente que aparece que você nem lembra quem é. Se tem uma coisa que não faltou foi trazer todos os atores originais de volta. Amor, é a minha definição para isso. ❤
Emily foi a melhor personagem para mim. Ela consegue ser diversificada, clássica, moderna e divertida. Você percebe como a Emily mudou. Ela cresceu com a morte do Richard (que é lembrado em todos os episódios). Com Emily o trio Gilmore está completo. Lorelai nunca seria o que é sem Emily assim como Rory nunca seria o que é sem Lorelai. Outro destaque seria para Paris. Paris também foi brilhante. Consegue passar tudo como realmente a personagem foi construída. Paris sendo sempre Paris.
Concordo com a maioria das críticas que li que a ordem de episódios mais legal seria Outono (o quarto), Inverno (o primeiro), Primavera (o segundo) e Verão (o terceiro) respectivamente. No Outono você tem grandes surpresas como a aparição de personagens inesquecíveis em Gilmore Girls. E inverno é a reapresentação de tudo e de todos. São os mais emocionantes.
Minha única crítica negativa seria que alguns momentos o seriado não me prendeu a atenção, e a maioria deles envolvia um musical, um espetáculo. Achei que essas partes foram muito longas e tiraram um tempo que seria importante para contar mais da história. Confesso que nesses momentos meu celular estava mais atrativo e achei um “enche história” para ocupar o tempo. Foi a única parte que eu realmente não consegui amar.
Vimos que Lorelai teve seu ciclo encerrado. Sua história foi muito bem contada e todas as pendências foram resolvidas. Tudo foi muito bem amarrado e não fiquei com a sensação que tive no fim da sétima temporada de: – é isso? – esse é o fim? Pelo menos com a história de Lorelai tudo teve um final muito adequado com ela.
Por último, tenho que dizer que eu soube das 4 palavras antes de vê-las. Não aguentei e tive que sabe-las. Porém, não estraga a história. Você só presta mais atenção e não tem a surpresa no fim. Claro que não vou contá-las. Mas essas 4 palavras deixa uma abertura, que Amy (escritora e produtora) pode ou não usar para criar uma continuação. E a grande questão que fica é: Teremos uma continuação. Seria incrível, mas se terminar assim foi incrível também. Porém, não custa tentar: FAZ A CONTINUAÇÃO NETFLIX, NUNCA TE PEDI NADA.
No fim conseguimos assimilar que esse projeto de fazer 4 episódios para realmente dar um fim para Gilmore Girls foi um grande projeto, com a participação de todos, muito bem escrito, produzido, distribuído e planejado. Tudo estava adequado. Tudo tinha sentido, nexo e realmente me deixou satisfeita.